quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Listas, listas e mais listas...

Listas, listas e mais listas. Uma permanente relação de amor e ódio.
Quando as encontramos ficamos arrepiados. É mais uma. Mas não se resiste e quando a começamos a ler logo pensamos nas alterações que lhe poderíamos  fazer .É inevitável.
Aqui fica mais uma publicada pelo Guardian: a lista dos 100 melhores livros de não-ficção.
Quem lhe resiste?
Ficam as sugestões para cada um.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Feed", Mira Grant

Mira Grant e o seu romance “Feed” foi um dos finalistas do Hugo Awards de 2011. Mira Grant é o pseudónimo para este romance de zombies de  Seanan McGuire, uma autora de ficção fantástica urbana com várias novelas publicadas.
Que tipo de história se poderia esperar de uma mulher que vive numa casa com diversos gatos, filmes de terror, comics e livros sobre doenças terríveis, dirige cursos de virologia e dorme com uma machadinha debaixo da almofada? Um romance sobre Zombies, claro!
“Feed”, á parte um capítulo inicial sobre um ataque de Zombies e outras cenas semelhantes, não é propriamente um romance em que os zombies são personagens centrais. Eles são o pano de fundo em que o tema se desenvolve.
Numa daquelas situações em que a humanidade quer ser mais esperta do que qualquer Criador, um vírus é libertado que transforma em zombie qualquer mamífero acima de um determinado peso.
Um grupo de jovens bloggers é convidado para acompanhar um dos candidatos republicanos americanos nas primárias e depois na corrida presidencial.
O thriller que se desenvolve envolve os habituais complots pelos derrotados e grandes poderes, traições imprevisíveis, acção em grandes doses e mortes heróicas.
“Feed” lê-se com desenvoltura e agrado mas sempre com a sensação que muito mais poderia ter sido tentado.
Numa sociedade que tem de viver com gigantescas medidas securitárias como ficam os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Quais são os grandes temas da sociedade pré-zombie que desapareceram e quais os que apareceram para os substituir? O gigantesco folclore das campanhas presidências americanas pode continuar a existir ou tem de dar lugar a outras formas de comunicação e angariação de fundos?
Alguns destes temas surgem ao longo desta acção política que vai atraindo o leitor. As personagens, talvez demasiado previsíveis, são todavia muito emocionais. A tão debatida questão de saber se a imprensa tradicional vai substituída pelos bloggers com a sua parafernália tecnológica é também um dos temas centrais do livro que curiosamente mostra a eterna procura dos índices de audiência e de vendas transportada agora para o mundo da internet.
São os homens os verdadeiros vilões da história e não os zombies. Estes são apenas as novas armas nas mãos dos que procuram a conquista do poder por qualquer meio.
Este é o primeiro volume desta trilogia de Mira Grant. Aguardemos para ler os restantes e ver se a autora consegue manter uma acção aditiva com personagens menos estereotipados e previsíveis e se surgem temas mais desenvolvidos neste nova sociedade de infectados pelo vírus.

Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro


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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

De Rerum Natura: Lançado no Brasil livro sobre o Padre Inventor

O primeiro livro da coleção "Brasiliana da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra", destinada a divulgar documentos desta biblioteca que interessam à História do Brasil, é lançado terça-feira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

De Rerum Natura: Lançado no Brasil livro sobre o Padre Inventor

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"The Dervish House", Ian McDonald

Mesmo nos países que nunca consideraram o romance de ficção cientifica um  sub-género menor da literatura, houve momentos em que parecia que todas as opções e caminhos estavam esgotados e o que o seu lugar seria definitivamente ocupado pela Fantasia e pelo Fantástico.
Os últimos anos mostram, pelo contrário, a vitalidade do género e dos seus autores. Para citar apenas dois recordem-se “The gone away world”, de Nick Harkaway e “The windup girl”, de Paolo Bacigalupi.
Mais recentemente foi publicado o excelente “The Dervish House” de Ian McDonald, finalista dos Hugo Awards 2011 e que já nos tinha surpreendido com “Brasyl” e “River of Gods”.
É um romance de amor pela secular Istambul. Muitas vezes temos de confirmar na capa se não nos teríamos enganado e estávamos a ler algum livro de Orhan Pamuk.
As vidas de um especulador da bolsa de futuros do gás e da sua mulher negociante de antiguidades, de um ex-professor grego de economia, de uma criança com uma doença cardíaca e que aspira a ser detective e de um jovem com um passado turbulento, vão-se cruzando por uma Istambul que só percebemos ser a de 2027 pela irrupção de robôs que se transformam de macacos em pássaros ou cobras, por bitbots policiais que são as novas polícias de choque, pelos estranhos dispositivos que substituíram os telemóveis e pelos nano robôs que substituem o algodão no vestuário.
Neste futuro/presente a Turquia integra a União Europeia e a economia turca rende-se ao sistema económico europeu mas continua a ser uma ponte entre dois continentes. O lastro de um imenso passado continua a pesar sobre o presente/futuro, as minorias étnicas – os gregos, por exemplo - são cada vez mais minoritárias sem abandonar os seus modos de vida seculares e o poder continua a ser sufocante sobre o dia-a-dia dos cidadãos.
O misticismo e as religiões, nas suas diversas formas, são como um imenso lago que a todos banha e onde navegam os novos terrorismos agora já não são fanatismos religiosos mas místicos tecnológicos. As histórias de amor, e as separações continuam a existir como sempre existiram ao longo dos séculos, atravessando revoluções e traições.
Istambul otomana com as sua casas seculares casas de madeira – Dervish House -, dos descendentes de seitas religiosas secretas que são apenas referências em histórias passadas oralmente, dos novos edifícios do capital financeiro e dos euros europeus e o Bósforo, sempre o Bósforo, visto ou apenas apercebido através dos sentidos e as suas pontes que ligam a Europa Ásia..
Podem mudar as formas das super-estruturas políticas e religiosas, o capitalismo financeiro pode encontrar novos disfarces, a tecnologia pode adquirir novos e aterradores caminhos mas os sentimentos básicos e estruturantes do Homem atravessam, inalteráveis, o passado, o presente e o futuro. São omnipresentes, limitando-se a adaptar-se aos novos ambientes da História e á cidade sempre eterna: Istambul.
“The Dervish House” é a história de amor por Istambul e pela diversidade humana que contém.

Pilhas de livros



daqui

sábado, 20 de agosto de 2011

Filmes futuristas - uma infografia

"Vi o filme, não li o livro". Acontece muito mas grandes filmes baseiam-se muitas vezes em grandes livros.
Esta é uma infografia de filmes futuristas. Nela encontro o que mais gosto-  "Blade Runner" - retirado de um grande livro: "Do Androids dream of electric sheep" do grande Philip K. Dick.

retirada daqui

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"Heart of Europe - the past in Poland´s present", Norman Davies

Mesmo daqueles países que mais nos influenciaram conhecemos apenas largas pinceladas das suas histórias: França, Inglaterra, Alemanha, Espanha.
De outros no nosso continente as suas histórias são tão desconhecidas como a de longínquos países
É o caso da história da Polónia. É uma história fascinante em especial para quem, como nós, tem um passado de largos séculos em fronteiras estáveis.
Norman Davies, é autor de “God’s playground”, uma exaustiva História da Polónia em dois volumes. Em 1980 publicou “Heart of Europe – the past in Poland’s present” que é uma abordagem resumida da História da Polónia. Divulgada no Ocidente, só em 1992 viria a ser publicada na Polónia que até aí apenas a conhecia através do poucos volumes que conseguiam passar a fronteira.
Com uma abordagem pouco ortodoxa – o relato vai fluindo do presente para o passado para regressar ao presente – a obra dá-nos os traços essenciais desta Polska (Polónia) que só emerge no inicio do sec. X e apenas como os domínios de uma pequena tribo eslava (Polanie) – “o povo dos campos abertos”, nas margens do Warta, perto da moderna Poznán.
Apesar de deixar de fora da obra alguns aspectos da história que mereciam ser desenvolvidos, Davies procura responder a uma questão central: como é que este país, tantas vezes e durante tantos anos retalhado entre outros países, conseguiu manter a sua identidade polaca e renascer como nação independente?
A análise de anos marcantes da Polónia levanta algumas questões interessantes.
Um deles é o que se inicia com o casamento de Jadwiga (1384) com o Grão-Duque da Lítuania. A Lituânia medieval era um dos últimos reinos pagãos da Europa. Este casamento de uma mulher de um reino de orientação católica vai originar 187 anos que o autor considera serem a experiência formadora da história polaca. É este reino que irá enfrentar, anos mais tarde, a expansão moscovita para ocidente.
Outro aspecto interessante é a constituição da República Unida Polónia-Lituania, através do Tratado de Lublin, em 1569. A nobreza, que no resto da Europa constituía apenas 1 a 2% da população mas que na polónia atingia entre os 8 e 12%, celebra um acordo de entendimento em que o rei, escolhido entre eles e não hereditário, se transforma numa espécie de director ou gerente do reino. E é neste período que podemos ver evoluir a contradição entre a introdução da servidão no reino e esta nobreza.
O fim desta Republica, em 1795, e a divisão do território entre a Rússia, Áustria e a Prússia é considerado um dos momentos pungentes da história polaca.
A 5 de Novembro de 1916 é criado o Reino da Polónia e no inicio da 1ª Grande Guerra não havia ninguém vivo que tivesse a recordação de um tempo em que a Polónia era um estado independente. A criação da II República polaca foi também de curta duração.
A invasão nazi da Polónia e a aniquilação dos judeus e outros grupos étnicos causa uma transformação profunda na sociedade ao colocar os católicos como o grupo largamente maioritário. Enquanto as baixas da 2ª Guerra Mundial foram de 0,9% no Reino Unido, 2,5% no Japão, 7,4% na Alemanha, 11,1% na URSS na Polónia elas foram de 18%. É toda uma geração de praticamente desaparece.
Depois seguiram-se os anos em que a Polónia integra o espaço soviético e alteração completa da sociedade, a criação do Sindicato Solidariedade e da sua proibição e a queda do Muro de Berlim e o regresso da Polónia ao seu lugar na  Europa.
Apesar de a geografia a colocar a leste a ligação intensa a ocidente percorreu todos os séculos da história da Polónia.
Os polacos foram divididos entre vários países, foram obrigados a jurar diversas bandeiras, foram dirigidos por pessoas desligadas dos mais profundos sentimentos da sociedade, espalharam-se pelo mundo – no período de Febre Brasileira de 1880 houve 100 000 candidatos das províncias polacas – e no entanto mantiverem sempre a sua ideia de ser polacos.
Segundo o autor foi a cultura polaca o maior tesouro da nação e a sua última linha de defesa. Foi ela que lhes permitiu enfrentar os intensos conflitos morais que foram surgindo na vida polaca. A questão da cultura e também da língua são profusamente analisados por Davies ao longo desta sua obra e constituem o seu aspecto mais interessante.
Os aspectos da integração da Polónia no Bloco de Leste são os maiores blocos constitutivos da obra e mesmo nos capítulos acrescentados depois da 1º edição de 1980 a eles se regressa. Para quem procure abordagens mais detalhadas de outros períodos históricos isto pode parecer ser demasiado mas é perfeitamente compreensível.
Quem quiser conhecer este imenso país que tão grande lugar irá necessariamente ocupar na UE tem aqui uma obra essencial. Bem escrita, inteligente, abrindo imensas pistas para a cultura polaca. Vai ocupar um lugar de destaque entre os livros de história que releio.

Heart of Europe - the past in Poland's present
Norman Davies
Oxford University Press
2001
Pags. 483
ISBN 9780192801265

Os melhores 100 livros de FC - mais uma lista

Uma lista é uma lista é uma lista é uma lista!
Esta lista foi elaborada por mais de 5000 pessoas numa iniciativa dos NPR Books.
Não é certamente a minha mas, como tantas outras, tem a vantagem de nos levar a descobrir alguns livros que parecem ser apreciados por tantos leitores.
Alguns parecem ser a tendência actual da moda editorial, outros os demasiado óbvios clássicos e muitas ausências parecem mostrar um desconhecimento profundo da história da Ficção Ciêntifica.
O aspecto positivo é mostrar que a Ficção Ciêntifica, nos seus diversos estilos, está longe de ter dado completamente lugar á Fantasia. Por cá a conversa será outra.
Aqui ficam os 10 primeiros sendo que a lista completa pode ser consultada aqui:


1. The Lord Of The Rings Trilogy, by J.R.R. Tolkien

2. The Hitchhiker's Guide To The Galaxy, by Douglas Adams

3. Ender's Game, by Orson Scott Card

4. The Dune Chronicles, by Frank Herbert

5. A Song Of Ice And Fire Series, by George R. R. Martin

6. 1984, by George Orwell

7. Fahrenheit 451, by Ray Bradbury

8. The Foundation Trilogy, by Isaac Asimov

9. Brave New World, by Aldous Huxley

10. American Gods, by Neil Gaiman

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Preparar a mala para férias


daqui

Vizualização de ligações literárias



Esta uma ferramenta interactiva desenvolvida por WorldCat e que através da sua base de dados permite pesquisas e analisar dependências entre autores, personagens, lugares, etc.
Basta escolher um autor, personagem ou lugar e surgirá a rede de ligações. A pesquisa pode ser efectuada nas já indicadas 100 maiores pesquisas mas qualquer outra pode ser feita. A não perder para quem gosta de literatura.
Worldcat Identities Network  visto em How-to Geek

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"o apocalipse dos trabalhadores", walter hugo mãe

Confesso que não sou tão radical como alguns que entendem que obras de autores novos só devem ser lidas passados 20 anos para deixar assentar a poeira. Também é certo que opto com mais facilidade por um autor que desconheço completamente do que por aqueles que já vejo louvados pelos media. Mas como ninguém é perfeito acabo, ás vezes, de me deixar levar pela corrente.
Foi assim com walter hugo mãe. Olhei para uns quantos livros no escaparate da livraria e optei pelo “o apocalipse dos trabalhadores”.
É Bragança, num Portugal profundo. Duas mulheres quarentonas, para lá “do meio caminho das nossas vidas”, maria da graça – mulher-a-dias – e a sua amiga quitéria lutam pela sobrevivência diária e com ela vão descobrindo o seus sentimentos mais profundos.
maria da graça sofre um casamento rotineiro e sem destino já que não tem filhos e eles são para muitos casamentos a salvação e a porta de saída da infelicidade. Trabalha na limpeza da casa de um septuagenário abastado que vai abusando sexualmente dela ao mesmo tempo que tempo que lhe vai mostrando os Rilkes e os Mozarts. Quitéria, que ganha alguns euros fazendo de carpideira em funerais, quebra a sua infelicidade com encontros sexuais com ucranianos emigrados na cidade. Conhece Andryi, efebo ucraniano, a quem se liga inicialmente por simples desejo físico mas que evolui para uma relação amorosa intensa na qual descobre que na emigração também existem profundas tragédias pessoais.
O título do romance é bem explícito: “o apocalipse dos trabalhadores”. Não vamos encontrar os problemas existenciais da, agora tão falada, classe média mas sim daqueles que vivem diariamente no fio da navalha, num dia-a-dia de relações precárias, na consciência de que tudo pode acabar de um momento para o outro, num relâmpago.
Estamos a falar de trabalhadores emigrantes ou de trabalhadores portugueses? A diferença será apenas na língua que falam, já que cada um arrasta consigo as suas mundos pessoais e fantasmas do passado.
Violenta é a vida, violenta é a resistência. Não são falsos moralismos que surgem no acto de carpir num funeral a troco de dinheiro ou de pensar acabar com um negrume matrimonial matando o marido apoiando-se nos conhecimentos práticos do mundo dos Cifs e dos Neoblancs.
Nesse escorregar diário para o apocalipse cada um procura a redenção á sua maneira. Ferreira, abusador diário de Maria da graça, num suicídio, deixando-lhe os seus bens. A abusada compreende que tinha encontrado uma forma de amor e procura reencontrá-lo na morte. Quitéria acha que o seu destino é levar Andryi de regresso á Ucrânia para procurar a família que tinha cortado contactos com ele com medo de antigos fantasmas.
E no meio destes personagens trágicos passeia o cão Portugal, rafeiro, pequeno e dócil, “rectângulo castanho pungente…e imprestável. Geograficamente centrado o romance faz, todavia, desfilar personagens universais.
Foi uma agradável surpresa a descoberta deste autor e deste “o apocalipse dos trabalhadores”. Tenho algumas reticências á forma como um certo número dos nossos escritores procuram instalar através da forma o seu estilo romanesco pessoal. Vejam-se os casos de Lobo Antunes ou de Saramago, entre outros. walter Hugo mãe também o faz, através da abolição de maiúsculas e da pontuação minimalista. Acho que estilo pessoal deve ser feito essencialmente á custa da escolha dos temas e da construção dos personagens. Mas são questões menores perante a qualidade da obra.
Estamos perante um autor que vais deixar a sua marca na literatura portuguesa neste início de século. Em breve irei começar a ler “ a máquina de fazer espanhóis” mas estou certo que a boa impressão será confirmada.

“o apocalipse dos trabalhadores”
walter hugo mãe
Alfaguara
2008
Pags. 199
ISBN 9789896720810

Philip K. Dick, by Pedro Villarejo


tirado daqui

domingo, 14 de agosto de 2011

Thomas Pynchon Spotify Playlist

Para os admiradores absolutos de Thomas Pynchon foi elaborada uma playlist de músicas retiradas da sua obra Inherent Vice. Pode aceder á lista aqui. Para aceder nesse site directamente á lista precisam da aplicação Spotify. Se quiserem aceder á músicas através de outro processo ela aqui fica:

Johnny And The Hurricanes – Bam-Boo
Bonzo Dog Band – ”Bang Bang” (My Baby Shot Me Down)
Elephant’s Memory – Old Man Willow
The Beatles Greatest Hits Performed By The Frank Berman Band – Can’t Buy Me Love
Stan Getz – Desafinado
Bob Lind – Elusive Butterfly
Frank Sinatra – Fly Me To The Moon [The Frank Sinatra Collection] [1966 Live At The Sands Album Version]
The Beach Boys – God Only Knows
Tommy James & The Shondells – Hanky Panky – Single Version
Roy Rogers & Dale Evans – Happy Trails
The Beach Boys – Help Me, Rhonda (2001 Digital Remaster) (Mono)
The Marketts – Out Of Limits
Tiny Tim – The Other Side
The Doors – People Are Strange
The Chantays – Pipeline
Ronnie Aldrich & The London Festival Orchestra – Quentin’s Theme (from “Dark Shadows”)
Roza Eskenazi – Ta Kerya Ta Sparmatseta
The Rolling Stones – Something Happened To Me Yesterday
Thunderclap Newman – Something In The Air
The Spaniels – A Stranger In Love
The Archies – Sugar, Sugar
The Trashmen – Surfin’ Bird
The Tornados – Telstar
The Champs – Tequila (Original)
Ethel Merman – There’s No Business Like Show Business
Blue Cheer – Summertime Blues
Domenico Modugno – Volaré
Roy Acuff – Wabash Cannonball
The Surfaris – Wipeout
The Beach Boys – Wouldn’t It Be Nice
Ohio Express – Yummy, Yummy, Yummy

Vencedores do PEN American Center's 2011 award


a informação detalhada pode ser encontrada aqui

sábado, 13 de agosto de 2011

2011 Hugo Awards


No próximo dia 20 de Agosto, em Reno, Nevada, vão ser entregues os galardões aos vencedores de mais uns Hugo Awards.
A votação nas diversas obras nas várias categorias terminou no passado dia 31 de Julho. O Hugo Awards é o mais prestigiado galardão na área da ficção cientifica e é escolhido pelo membros da World Science Fiction Society.
Para a categoria do melhor romance concorrem este ano:

Blackout/All Clear by Connie Willis (Ballantine Spectra)
Cryoburn by Lois McMaster Bujold (Baen)
The Dervish House by Ian McDonald (Gollancz; Pyr)
Feed by Mira Grant (Orbit)
The Hundred Thousand Kingdoms by N.K. Jemisin (Orbit)

Não li ainda nenhuma das obras seleccionadas mas já li com agrado obras de alguns destes autores.
De Connie Willis li "Doomsday Book" e "To say nothing of the dog" de que gostei bastante.
De Ian McDonald li o fabuloso Brasil de que há uma edição em português.

Nas outras categorias concorrem:
Best Novella
"The Lady Who Plucked Red Flowers beneath the Queen's Window" by Rachel Swirsky (Subterranean Magazine, Summer 2010) - Read Online
The Lifecycle of Software Objects by Ted Chiang (Subterranean) - Read Online
"The Maiden Flight of McCauley's Bellerophon" by Elizabeth Hand (Stories: All New Tales, William Morrow) - Read Online
"The Sultan of the Clouds" by Geoffrey A. Landis (Asimov's, September 2010) - Read Online (PDF)
"Troika" by Alastair Reynolds (Godlike Machines, Science Fiction Book Club)

Best Novelette
"Eight Miles" by Sean McMullen (Analog, September 2010) - Read Online
"The Emperor of Mars" by Allen M. Steele (Asimov's, June 2010) - Read Online
"The Jaguar House, in Shadow" by Aliette de Bodard (Asimov's, July 2010) - Read Online
"Plus or Minus" by James Patrick Kelly (Asimov's, December 2010) - Read Online
"That Leviathan, Whom Thou Hast Made" by Eric James Stone (Analog, September 2010) - Read Online

Best Short Story
"Amaryllis" by Carrie Vaughn (Lightspeed, June 2010) - Read Online
"For Want of a Nail" by Mary Robinette Kowal (Asimov's, September 2010) - Read Online
"Ponies" by Kij Johnson (Tor.com, November 17, 2010) - Read Online
"The Things" by Peter Watts (Clarkesworld, January 2010) - Read Online

Note: category has 4 nominees due to a 5% requirement under 3.8.5 of the WSFS constitution.

Best Related Work
Bearings: Reviews 1997-2001, by Gary K. Wolfe (Beccon) - Read Online Excerpt [PDF]
The Business of Science Fiction: Two Insiders Discuss Writing and Publishing, by Mike Resnick and Barry N. Malzberg (McFarland)
Chicks Dig Time Lords: A Celebration of Doctor Who by the Women Who Love It, edited by Lynne M. Thomas and Tara O'Shea (Mad Norwegian)
Robert A. Heinlein: In Dialogue with His Century, Volume 1: (1907–1948): Learning Curve, by William H. Patterson, Jr. (Tor)
Writing Excuses, Season 4, by Brandon Sanderson, Jordan Sanderson, Howard Tayler, Dan Wells

Best Graphic Story
Fables: Witches, written by Bill Willingham; illustrated by Mark Buckingham (Vertigo)
Girl Genius, Volume 10: Agatha Heterodyne and the Guardian Muse, written by Phil and Kaja Foglio; art by Phil Foglio; colors by Cheyenne Wright (Airship Entertainment) - Read Online
Grandville Mon Amour, by Bryan Talbot (Dark Horse)
Schlock Mercenary: Massively Parallel, written and illustrated by Howard Tayler; colors by Howard Tayler and Travis Walton (Hypernode) - Read Online
The Unwritten, Volume 2: Inside Man, written by Mike Carey; illustrated by Peter Gross (Vertigo)

Best Dramatic Presentation, Long Form
Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1, screenplay by Steve Kloves; directed by David Yates (Warner)
How to Train Your Dragon, screenplay by William Davies, Dean DeBlois & Chris Sanders; directed by Dean DeBlois & Chris Sanders (DreamWorks)
Inception, written and directed by Christopher Nolan (Warner)
Scott Pilgrim vs. the World, screenplay by Michael Bacall & Edgar Wright; directed by Edgar Wright (Universal)
Toy Story 3, screenplay by Michael Arndt; story by John Lasseter, Andrew Stanton & Lee Unkrich; directed by Lee Unkrich (Pixar/Disney)

Best Dramatic Presentation, Short Form
Doctor Who: "A Christmas Carol," written by Steven Moffat; directed by Toby Haynes (BBC Wales)
Doctor Who: "The Pandorica Opens/The Big Bang," written by Steven Moffat; directed by Toby Haynes (BBC Wales)
Doctor Who: "Vincent and the Doctor," written by Richard Curtis; directed by Jonny Campbell (BBC Wales)
Fuck Me, Ray Bradbury, written by Rachel Bloom; directed by Paul Briganti - Watch Online
The Lost Thing, written by Shaun Tan; directed by Andrew Ruhemann and Shaun Tan (Passion Pictures)

Best Editor, Short Form
John Joseph Adams
Stanley Schmidt
Jonathan Strahan
Gordon Van Gelder
Sheila Williams

Best Editor, Long Form
Lou Anders
Ginjer Buchanan
Moshe Feder
Liz Gorinsky
Nick Mamatas
Beth Meacham
Juliet Ulman

Best Professional Artist
Daniel Dos Santos
Bob Eggleton
Stephan Martiniere
John Picacio
Shaun Tan

Best Semiprozine
Clarkesworld, edited by Neil Clarke, Cheryl Morgan, Sean Wallace; podcast directed by Kate Baker
Interzone, edited by Andy Cox
Lightspeed, edited by John Joseph Adams
Locus, edited by Liza Groen Trombi and Kirsten Gong-Wong
Weird Tales, edited by Ann VanderMeer and Stephen H. Segal

Best Fanzine
Banana Wings, edited by Claire Brialey and Mark Plummer
Challenger, edited by Guy H. Lillian III
The Drink Tank, edited by Christopher J Garcia and James Bacon
File 770, edited by Mike Glyer
StarShipSofa, edited by Tony C. Smith

Best Fan Writer
James Bacon
Claire Brialey
Christopher J Garcia
James Nicoll
Steven H Silver

Best Fan Artist
Brad W. Foster
Randall Munroe
Maurine Starkey
Steve Stiles
Taral Wayne

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Blindsight", Peter Watts

Este Blindsight de Peter Watts é um caso á parte nos vários/muitos livros de ficção científica que já li. Não é, como os anglo-saxónicos dizem, um page grabber. É uma obra que nos prende pela sua estranheza e pelos diversos conceitos que procura analisar. É para ler devagar, voltar atrás para refrescar certas passagens e para reler. É um livro difícil mas entusiasmante.
Uma história aparentemente simples: uma Terra evoluída é confrontada com um contacto alienígena. Uma tripulação heterogénea, cada um dos seus membros com as suas idiossincrasias, é enviada para confrontar essa entidade. Saber quem é e saber como comunicar com ela.
Em simultâneo com a acção intensa vamos equacionando o que é a inteligência e a consciência. Podemos atingir a nossa humanidade plena apenas quando nos confrontamos com outra inteligência por mais estranha que ela nos pareça? Uma inteligência pode ser tão estranha e avançada que nos apareça como imbecil ou não existente? Podemos destruir uma inteligência estranha e superior sem que saibamos que ela é inteligente? Podemos ser dominados e enriquecidos por ela sem que nos apercebamos e a nossa humanidade venha a ser exponenciada por isso por esse domínio?
Peter Watts conduz-nos assim por dois caminhos separados e paralelos. O da aventura de uma space opera pura e dura e o da reflexão sobre os temas que introduz.
Nunca procuro responder ao inquéritos sobre os livros da vida de cada um. São sempre tantos que fica sempre o receio de que o que deixámos de fora fosse o verdadeiramente importante. Sei que quando for confrontado com a pergunta Blinsight irá aparecer sempre como um relâmpago, como uma obra tão peculiar que nunca pode ser esquecida.
Como diz o autor “Blindsight é uma experiência sobre o pensamento, um jogo de Imaginem que. Nada mais do que isso”.
É na verdade muito mais do que isso.

Blindsight
Peter Watts
Tor
2006
Pags. 381
ISBN 9780765319647

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"God's Fury, England's Fire - a new history of the english civil wars", Michael Braddick


Alguns acontecimentos parecem cair no nevoeiro do esquecimento da história universal, excepto nos países a que dizem respeito. É o que se verifica com o que aconteceu em Inglaterra nos anos de 1630-1650.
Guerra civil inglesa ou guerra dos três reinos? Só esta hesitação em que a historiografia ainda balança dá a ideia da complexidade do período.
 Michael Braddick “God’s Fury, England’s Fire – a new history of the english civil wars” é uma sólida análise ao período em questão. Aparentemente, no título, parece tomar partido por uma das correntes, todavia ele não esquece os acontecimentos nos outros reinos – a Escócia e a Irlanda – centrando é a sua análise nos acontecimentos em Inglaterra.
Não é um livro de história para aqueles que acham que os relatos e as análises histórias devem ser simples e de preferência ilustrados com uma gravuras bonitinhas. È uma obra complexa e exigente para gente interessada em pensar e desenvolver novas análises.
Aparecem as grandes batalhas do período, ás vezes demasiados breves para a importância que tiveram, mas aparece sobretudo a intensa luta política e a evolução dos diversos participantes envolvidos, os seus avanços e recuos.
Adopta uma forma cronológica e temática discorrendo sobre as políticas das reformas, as guerras dos Bispos, as posições assumidas pelo Longo Parlamento, a rebelião irlandesa, o julgamento e execução de Carlos I. Fica de fora o que se seguiu, desde a abolição da monarquia e da Casa dos Lordes bem como a expropriação dos grandes proprietários e as alterações na propriedade rural. Fica de fora também a restauração e a repressão violenta que se seguiu mas a vasta bibliografia mostra bem que a memória daqueles anos em que o mundo esteve voltado ao contrário perdurou durante muitos anos.
Impressionantes as múltiplas descrições de como os diversos participantes recorriam á imprensa, volantes e folhetos para expor as suas ideias e defender os seus pontos de vista.
Imersos num mundo de jornais, televisões, rádios, agregadores de notícias, blogues, facebooks e twitters, não deixamos  de ficar espantados ao saber que um livreiro inglês, George Tomason, tenha coleccionado mais de vinte mil folhetos durante os anos de 1640 a 1660. Foi um fervilhar de ideias imenso que surgiu com a abolição da censura e que acabaria mais tarde com o seu regresso na restauração.
Talvez que a criação e a evolução do New Model Army apareça um pouco relegada para um canto nesta obra mas não é isso que a transforma numa obra menor. É um livro que iniciados exigentes ou especialistas vão considerar indispensável na historiografia deste período.


“God’s Fury, England’s Fire – a new history of the english civil wars
Michael Braddick
Penguin Books
2009
Pags. 758
ISBN 978014100897

terça-feira, 9 de agosto de 2011

"Look to Windward", Iain M. Banks

Aqui vamos novamente por galáxias estranhas, planetas, estrelas anãs, gigantes gasosos, diversas raças e diferentes culturas e Inteligências Artificiais. Vamos com Iain M. Banks e o seu “Look to Windward”, o sétimo da série Culture.
Depois de uma guerra civil devastadora para abolir uma sociedade de castas numa raça não-humana, um dos seus grupos radicais descobre que a civilização Culture, tinha exponenciado essa guerra civil apoiando a facção que procurava abolir essas castas.
O seu plano de vingança visa causar um número de mortos na Culture equivalente ao que essa raça teve na guerra civil.
Para isso serve-se de um militar cuja mulher morreu também nos combates e que continua a amar desesperadamente.
Banks transporta para estes mundos as reacções da nossa humanidade. Encontramos aqui sociedades altamente evoluídas – a Culture – que abrangem humanos e não humanos, politicamente correctas, mas cujas acções para alterar o que acham mal noutras sociedades – as castas – levam a conflitos devastadores.
Grupos extremistas aproveitam para concretizar as acções irracionais de vingança seres em sofrimento por tragédias pessoais e que noutras condições nunca aceitariam levá-las a cabo. Seres perturbados que procuram na morte, na sua e dos outros, um fim para as suas tragédias íntimas.
O autor procura também questionar se as IAs podem também ter esses sentimentos de amor e amizade por outras IAS e procurar também sacrifícios supremos. São questões semelhantes á que são colocadas no famoso título “Do robots dream of electric sheep” da famosa obra de Philip K. Dick.
Banks leva-nos novamente por descrições de mundos estranhos construídos para a prática irracional de actividades radicais, construindo personagens alienígenas e máquinas sencientes estranhas mas com mentalidades plenamente humanas.
Uma space opera profundamente intimista.

"Look to Windward"
Iain M. Banks
Orbit Books
2000
Pags. 394
ISBN 9781841490595

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Chá, café... ou laranjada

Para acompanhar a leitura chá, café...ou laranjada
daqui

Granta: os melhores jovens escritores brasileiros

Sou assinante antigo da Granta como podem ver aqui. Lí que a revista prepara a edição dos "Melhores Jovens Escritores Brasileiros" e que poderá haver uma Granta dedicada a escritores portugueses. A informação detalhada pode ser lida no Ciberescritas.
O que acho curioso nestas ocultas lutas pelo poder das diversas línguas é que o número 113 da Granta é dedicado aos escritores em língua espanhola (passe a inexatidão) e não a escritores espanhois, ou peruanos ou chilenos. Agora aparecem apenas escritores brasileiros. Apesar de haver uma edição em português publicada no Brasil vá-se lá saber a razão porque não aparecem os jovens escritores em língua portuguesa.

domingo, 7 de agosto de 2011

Manifesto dos Economistas Aterrados, vários autores

Vendeu mais de 50 000 exemplares em França. Por cá não sei. Sei que custa apenas 5 euros e cabe em qualquer bolso. São 10 falsas evidências com que somos bombardeados todos os dias nos media e apresenta 22 medidas para sair do impasse em que as nossas sociedade parecem ter caído.
Desenferruja as ideias, leva-nos a pensar que não há só um caminho e a economia não é uma ciência exacta e desligada da política.

Manifesto dos Economistas Aterrados
Actual
2011
Pags. 88
ISBN: 9789896940164

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

"Não Verás País Nenhum", Ignácio de Loyola Brandão


Se tivesse sido escrito em 2011 era já de si uma obra impressionante, bem perto do nosso mundo de hoje. Mas “Não Verás País Nenhum”, de Ignácio de Loyola Brandão foi dado á estampa em 1981 o que o torna ainda mais impressionante.
Estamos em S. Paulo, num Brasil dantesco consequência de uma pilhagem total dos recursos por parte dos diversos grupos dirigentes.
Álvaro Souza, ex-professor de história, vive acomodado a esse mundo, num prédio de apartamentos com a sua mulher Adelaide. Tem um casamento e uma vida rotineira. Com a sua ficha especial de circulação para o S-758 dirige-se todos os dias para o seu burocrático e surrealista emprego onde dezenas conferem intermináveis de números debitados pelos computadores. Almoça na lanchonete a que está adstrito, urina nos Postos Apropriados, onde a urina é reciclada em água para consumo público.
Souza vive a sua vida burocrática num regime totalitário, dirigido pelo Esquema ( geral e estadual) que está ao serviço dos Militecnos instalados nos bancos, ministérios e empresas e apoiado nas forças repressivas do Novo Exército e Civiltares.
É a época que se seguiu á Era da Grande Locupletação, num Brasil que destruiu a Amazónia e a transformou num imenso deserto – a 9º Maravilha do Mundo. S. Paulo é uma cidade superpovoada, dividida em sectores estanques, com limitação de movimentos, com escassez de água e comida, sob um clima abrasador onde pululam as mais diversas doenças.
Despedido do emprego, Souza inicia um novo percurso por um submundo que desconhecia. Envolvido pelo seu sobrinho – capitão no Novo Exército – em esquemas de corrupção e lutas entre os diversos grupos no poder, abandonado pela mulher Adelaide, expulso do apartamento onde habitava, a sua vida rotineira termina para iniciar uma luta pela sobrevivência ainda mais desesperada. Nessa nova vida encontra Elisa, uma mulher que á a antítese de Adelaide e que vive intensamente cada segundo de existência nos interstícios desse submundo.
Álvaro de Souza é um personagem joyciano que percorre uma S. Paulo dantesca e onde vai enfrentar a sua responsabilidade individual que no passado levou á construção da sociedade apocalíptica onde vive, caminhando para uma nova luz que descobre em si próprio.
É uma obra admirável, uma  ilustração dos Estados falhados preconizados por Robert K. Kaplan no seu “The coming anarchy”. Pleno de tensão e melancolia somos surpreendidos a cada página por expressões como A Casa dos Vidros de Água, o Distrito de Compras, o Ministério das Obras Faraónicas Populares, o Tempo das Crianças Exterminadas, os Distritos Circulantes, o Bairro dos Ministros Embriagados que graficamente ilustram como o poder construiu esta demoníaca sociedade.
É uma das grandes obras da literatura de língua portuguesa agora reeditada pela Babel/Uliseia. Quando chegamos á última página surge imediatamente a vontade de a reler.
Países ditos irmãos, Portugal e Brasil vivem de costas voltadas no que toca á partilha da literatura publicada nos dois países. Temos as livrarias cheias de literatura internacional mas por razões que escapam ao comum dos mortais, a literatura brasileira contemporânea raramente nos alcança. Felizmente que episodicamente nos chegam obras como este “Não Verás País Nenhum” de Ignácio de Loyola Brandão.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Prémio São Paulo de Literatura 2011

Prémio São Paulo de Literatura 2011 para Marcelo Ferroni e Rubens Figueiredo. Toda a informação aqui no Ciberescritas

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A biblioteca de David Foster Wallace

Das Legacy Libraries de LibraryThing aqui está a biblioteca de David Foster Wallace:
David Foster Wallace

(photo  featured on:David Foster Wallace)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Colóquio/Letras nº 177

O número 177 da Colóquio/Letras (Maio – Agosto 2011) tem como tema central a Poesia 61.
Dois artigos analisam como os poetas reunidos neste conjunto de cadernos publicados em Faro sob o título Poesia 61 se enquadram no renascimento duma tradição vanguardista.
Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Gastão Cruz, Luíza Neto Jorge, Maria Teresa Horta são os autores que se juntam nesta Poesia 61. É neste ano também que surgem os primeiros livros de Herberto Hélder e Ruy Belo, A Colher na Boca e Aquele Grande Rio Eufrates, respectivamente.
Neste número encontram-se também dois artigos sobre Adolfo Casais Monteiro e poemas de Fernando Eduardo Carita e de Margarida Vale de Gato.
A literatura brasileira e angolana são também analisadas neste número.
As gravuras que ilustram este número são de A. Manuel Baptista.

Colóquio/Letras nº 177 (Maio-Agosto 2011)
Fundação Calouste Gulbenkian
Pags. 288
Preço: 13 euros