terça-feira, 9 de agosto de 2011

"Look to Windward", Iain M. Banks

Aqui vamos novamente por galáxias estranhas, planetas, estrelas anãs, gigantes gasosos, diversas raças e diferentes culturas e Inteligências Artificiais. Vamos com Iain M. Banks e o seu “Look to Windward”, o sétimo da série Culture.
Depois de uma guerra civil devastadora para abolir uma sociedade de castas numa raça não-humana, um dos seus grupos radicais descobre que a civilização Culture, tinha exponenciado essa guerra civil apoiando a facção que procurava abolir essas castas.
O seu plano de vingança visa causar um número de mortos na Culture equivalente ao que essa raça teve na guerra civil.
Para isso serve-se de um militar cuja mulher morreu também nos combates e que continua a amar desesperadamente.
Banks transporta para estes mundos as reacções da nossa humanidade. Encontramos aqui sociedades altamente evoluídas – a Culture – que abrangem humanos e não humanos, politicamente correctas, mas cujas acções para alterar o que acham mal noutras sociedades – as castas – levam a conflitos devastadores.
Grupos extremistas aproveitam para concretizar as acções irracionais de vingança seres em sofrimento por tragédias pessoais e que noutras condições nunca aceitariam levá-las a cabo. Seres perturbados que procuram na morte, na sua e dos outros, um fim para as suas tragédias íntimas.
O autor procura também questionar se as IAs podem também ter esses sentimentos de amor e amizade por outras IAS e procurar também sacrifícios supremos. São questões semelhantes á que são colocadas no famoso título “Do robots dream of electric sheep” da famosa obra de Philip K. Dick.
Banks leva-nos novamente por descrições de mundos estranhos construídos para a prática irracional de actividades radicais, construindo personagens alienígenas e máquinas sencientes estranhas mas com mentalidades plenamente humanas.
Uma space opera profundamente intimista.

"Look to Windward"
Iain M. Banks
Orbit Books
2000
Pags. 394
ISBN 9781841490595

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