sábado, 3 de setembro de 2011

Novos livros para Setembro

Com a devida referência a trabalho do Ciberescritas onde se encontra o texto original eis uma lista de novos livros a serem apresentados em Setembro:

“O Segundo Avião”, de Martin Amis (Quetzal). Artigos escritos nos anos que se seguiram ao 11 de Setembro.
“Não Tenho Inimigos, Não Conheço o Ódio” do Prémio Nobel da Paz 2010, Liu Xiaobo (Casa das Letras). Ensaios sobre o papel emergente da China no contexto internacional e um surpreendente conjunto de poemas.
“Da China”, de Henry Kissinger (Quetzal). O Prémio Nobel da Paz 1973 revela, pela primeira vez em livro, o seu profundo conhecimento da China, cujas relações com o Ocidente ajudou a modelar. Recorre a registos históricos e a conversas que manteve com líderes chineses ao longo de décadas.
“O Estado do Egipto”, de Alaa Al Aswany (Quetzal). O romancista egípcio analisa o que levou ao derrube do regime de Mubarak, e levanta uma série de questões.
“Uma Mentira Mil Vezes Repetida”, de Manuel Jorge Marmelo (Quetzal). Para escapar ao anonimato de uma vida comum, à solidão da escrita e ao esquecimento dos futuros leitores, o narrador deste novo romance de Marmelo inventa uma obra monumental, um autor – um judeu húngaro com uma vida aventurosa – e uma miríade de personagens e de histórias que narra entusiasticamente a quem, ao pé dele, se senta nos transportes públicos do Porto.
“A Educação Sentimental dos Pássaros”, de José Eduardo Agualusa (D. Quixote). Onze contos. A uni-los, uma mesma preocupação sobre a origem e a natureza do mal. “Como é que o pequeno Jonas se transformou em Savimbi? O que move Hillary?”
“A Sul. O Sombreiro”, de Pepetela (D. Quixote). Ambientado nos primórdios do colonialismo, este romance revela uma época desconhecida da história de Angola (séculos XVI e XVII). Começa assim: “Manuel Cerveira Pereira, o conquistador de Benguela, é um filho da puta.”
“Comissão das Lágrimas” de António Lobo Antunes (D. Quixote). Tem como personagem principal Virinha, que foi dirigente do destacamento feminino das FAPLA (antigas Forças Armadas Angolanas) na parte final da Guerra Colonial. Numa entrevista que deu ao jornal brasileiro “O Estado de S. Paulo”, em Maio do ano passado, Lobo Antunes explicou: “É a voz de Elvira, conhecida como Virinha, que foi presa em Angola em 1977, quando o país, recém-independente de Portugal, enfrentava problemas internos”. Elvira, que esteve à frente do batalhão feminino do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), foi uma das 80 mil pessoas mortas sob suspeita de contestar Agostinho Neto. Lobo Antunes contou que os pulsos de Elvira foram amarrados com arame e os tornozelos atados nas costas, que a levantaram a uma altura de dois metros e a soltaram repentinamente tendo o seu corpo batido no chão: “Mas, mesmo torturada, Elvira não parou de cantar, só quando morreu.”
“Adornos”, de Ana Marques Gastão (D. Quixote). Novo livro de poesia.
“Vozes” de Ana Luísa Amaral (D. Quixote). Novo livro de poesia.
“A Grande Casa” de Nicole Krauss (D. Quixote), considerada, em 2007, uma das melhores jovens escritoras britânicas pela revista “Granta”. Uma história suspensa entre duas perguntas: “o que é que transmitimos aos nossos filhos e como é que eles absorvem os nossos sonhos e perdas? Como podemos responder ao desaparecimento, à destruição e à mudança?”
“A Bofetada” de Christos Tsiolkas (D. Quixote). Vencedor do Commonwealth Prize 2009. Viagem caleidoscópica e inquietante aos limites do amor, do sexo, do casamento e da família. Adaptado para série de TV.
“O Filho de Mil Homens”, de valter hugo mãe (Alfaguara). Romance que inicia um novo ciclo na criação literária do Prémio José Saramago 2007.
“O Mapa e o Território” de Michel Houellebecq (Alfaguara). Recebeu o prémio o Goncourt em 2010. É uma obra sobre a solidão e a velhice. Nela, Houellebecq leva mais longe a sua paródia: o escritor e o seu cão, personagens do romance, são violentamente assassinados.
Fragmentos” de Marilyn Monroe (Objectiva). Livro onde se compilam notas pessoais (algumas escritas em blocos de notas de hotéis), poemas, cartas e fotografias, documentos inéditos que são tornados públicos pela primeira vez.
“A mulher do Tigre” de Tea Obreht (Presença). Obra vencedora do prémio Orange 2011, da autora que foi considerada pela revista “The New Yorker”, uma das 20 melhores escritoras americanas com menos de 40 anos.
“Os Imperfeccionistas”, de Tom Rachman (Presença). Romance que revela os bastidores da redacção de um jornal em Roma, numa altura em que a imprensa sofre o impacto das transformações ditadas pelas novas tecnologias.
“Poemas Novos e Velhos”, de Helder Macedo (Presença).
“Construir o Inimigo” de Umberto Eco (Gradiva). Ensaio inédito do autor italiano sobre temas como o Absoluto, o Fogo, o porquê de chorarmos a sorte de Anna Karenina, as astronomias imaginárias, os tesouros das catedrais, Victor Hugo e seus excessos, o mecanismo do reconhecimento no folhetim, a ventura ou desventura de Joyce na época fascista, etc.
“O Grande Inquisidor”, de João Magueijo (Gradiva). A vida extraordinária de Ettore Majorana pelo físico português.
“Antes de Dizer Adeus”, de David Servan-Schreiber (Lua de Papel). Livro testamento do autor de “Curar e Anticancro”, que morreu a 24 de Julho. O cancro, os conselhos que deu nos livros anteriores e a morte.
“Tudo tem um Preço”, de Eduardo Porter (Lua de Papel). O jornalista do “The New York Times” analisa as diferenças de preços entre os diversos países e culturas, e os efeitos que a procura tem no preço e vice-versa.
“Uma Estratégia Para Portugal”, de Henrique Neto (Lua de Papel). O primeiro livro do fundador da Ibermoldes e ex-deputado do partido Socialista.
“Não Podemos Ver o Vento”, de Clara Pinto Correia (Clube do Autor). É um novo romance da escritora que recupera a nossa presença em África nos anos 70 através da história de uma psicóloga e de um paciente.
“The Man who Broke into Auschwitz”, de Denis Avery (Clube do Autor). Testemunho de um soldado britânico que conseguiu infiltrar-se em Buna-Monowitz, o campo de concentração conhecido como Auschwitz III. Só agora, aos 90 e tal anos, Denis Avery decidiu contar a experiência, 60 anos depois dos acontecimentos.
“Rashomon e outras histórias”, de Ryunosuke Akutagawa (Cavalo de Ferro). Contos de um dos escritores mais importantes da literatura japonesa que inspiraram o famoso filme de Akira Kurosawa, “Às Portas do Inferno”.
“Arde o musgo cinzento”, de Thor Vilhjálmsson (Cavalo de Ferro). É considerado o melhor escritor islandês vivo e neste romance recupera dos arquivos uma história real em que mostra a opressão que a sociedade pode exercer sobre aqueles que infringem as suas regras.
“Romances”, volume que reúne os dois únicos romances de Flannery O’Connor: “Sangue Sábio” e “O Céu é dos Violentos” na Cavalo de Ferro.
“Manifesto Anti-Americano”, de Ted Rall (Verbo). O colunista do “The New York Times” e cartoonista escreveu uma obra polémica, desde que foi saiu há um ano já foi publicado em 30 países. Propõe uma mudança total do sistema sócio-político americano através da revolução.
“Como nos livramos do Euro?”, de Jean-Jacques Rosa (Alêtheia), o economista que foi director e fundador do programa de MBA do Institut d’Études Politiques (1993-2008).
“Adúltero Americano” de Jed Mercúrio (Civilização). O protagonista deste romance é um mulherengo inveterado. Precisa de se esforçar extraordinariamente para esconder as suas aventuras dos rivais políticos – e tem boas razões para fazê-lo. Trata-se de John Fitzgerald Kennedy.
“Vida Privada”, de Jane Smiley (Civilização). Um romance da vencedora do Prémio Pulitzer, que conta a história íntima de uma mulher, Margaret Mayfield ,de finais do século XIX à II Guerra Mundial.
“Sofia Tolstoi – Uma Biografia”, de Alexandra Popoff (Civilização). Sofia Tolstoi conheceu a fama mas também a alienação durante os quarenta e oito anos em que esteve casada com Tolstoi. Baseado em material de arquivo recentemente disponibilizado, incluindo os diários inéditos de Sofia.
“Na Rua Árabe”, de Nuno Rogeiro (D. Quixote). As revoltas no Médio Oriente analisadas à lupa numa altura em que se celebram 10 anos do 11/9.
Uma Vasta e Deserta Paisagem”, de Kjell Askildsen (Ahab), um livro de contos inquietantes que recebeu o Prémio da Crítica norueguesa.
“Xeque-Mate a Goa”, de Maria Manuel Stocker (Texto). Resultou de um projecto de investigação orientado por António Barreto que assina o prefácio – explica como é que a União Indiana tentou integrar Goa no seu território desde 1947, mas só o conseguiu em 1961. Venceu o Prémio Aristides de Sousa Mendes.
“Os Reis da Reconquista Portuguesa”, de Stephen Lay (Texto). O professor de Oxford explica como Portugal se tornou um reino independente entre os séculos XI e XIII fazendo um retrato dos primeiros cinco governantes.
“Ferrugem Americana” de Philipp Meyer (Bertrand). O escritor está na lista dos melhores 20 escritores com menos de 40 anos da “The New Yorker”. Sobre este livro, que é sobre o fim do sonho americano, Michiko Kakutani, do “The New York Times” escreveu: “A chegada de um novo escritor cheio de talento.”
“Rasto Negro de Sangue”, de Joseph O’Neill (Bertrand). É a história da família do autor de “Netherland- Terra de Sombras”.
“Diário de uma Viagem à Rússia em 1867”, de Lewis Carroll (Teorema). Publicado originalmente em 1935. Esta deverá ter sido a única viagem do escritor ao estrangeiro.
“O Homem” e “A Máquina de Klaus Klump”, de Gonçalo M. Tavares. É uma nova versão, conjunta, dos romances “Um Homem: Klaus Klump” e “A Máquina de Joseph Walser” pertencentes ao Reino. É uma reedição de um livro que foi feito primeiro em exclusivo com a FNAC e que agora é alargada pela Caminho ao resto do mercado. O autor descreveu-o assim: “São duas narrativas que têm exactamente o mesmo centro e que nesta nova versão, lidas em paralelo e em conjunto, darão espaço, julgo, para diferentes leituras”.
“Se eu fechar os olhos agora”, de Edney Silvestre (Planeta). O primeiro romance do jornalista brasileiro que em 2010 recebeu o Prémio Jabuti na categoria de Melhor Romance. A história passa-se numa pequena cidade da antiga zona do café fluminense, em Abril de 1961, quando dois meninos de 12 anos encontram o corpo de uma mulher, que foi morta e mutilada, nas margens de um lago.
“O Princípe da Neblina” de Carlos Ruiz Záfon (Planeta). Numa aldeia da costa sul inglesa durante o Verão de 1943, três jovens enfrentam um diabólico personagem.
“Tentativa e erro”, de José Alberto Oliveira (Assírio & Alvim). Poemas escolhidos e inéditos.
“Caminharei pelo vale da sombra”, de José Agostinho Baptista (Assírio & Alvim). Poesia inédita.
“Diapsalmata”, de S. Kierkegaard (Assírio & Alvim). Tradução do dinamarquês. Notas de Bárbara Silva, M. Jorge de Carvalho, Nuno Ferro, Sara Carvalhais, posfácio de M. Jorge de Carvalho, Nuno Ferro.
O novo livro da colecção de literatura de viagens dirigida por Carlos Vaz Marques na Tinta-da-China: “Viagem de Autocarro”, do escritor catalão Josep Pla. “Ao longo de cem quilómetros de poesia e humor, Pla conduz-nos através de uma deliciosa espontaneidade, mas que não exclui as reflexões mais profundas”, lê-se na contracapa.
Para 15 de Setembro, na FNAC Chiado, às 21h, está marcado o lançamento de “Diamantes de Sangue – Corrupção e Tortura em Angola”, do jornalista angolano Rafael Marques (Tinta-da-China) que virá a Lisboa. O livro é uma investigação sobre personalidades, instituições e empresas envolvidas no negócio dos diamantes e inclui o testemunho de centenas de vítimas.
“Um Tigre nas Florestas da noite”, de Margaux Fragoso (Porto Editora) Num dia de Verão, Margaux Fragoso conhece Peter Curran numa piscina pública e os dois começam a brincar. Ela tem sete anos, ele cinquenta e um.  Uma história de pedofilia contada pela vítima (Peter suicidou-se e pediu a Margaux para que contasse a história dos dois). Margaux Fragoso concluiu recentemente um Doutoramento em Inglês e Escrita Criativa na Universidade de Binghamton. Os seus contos e poemas foram publicados em diversas revistas literárias, como o The Literary Review e o Barrow Street. Os direitos de tradução  foram já vendidos para mais de vinte países.
“O Centenário que fugiu pela Janela e Desapareceu” de Jonas Jonasson (Porto Editora).  O segundo romance do escritor sueco.
“Apocalypse Baby” de Virginie Despentes (Sextante). Prémio Renaudot 2010.  Um road book entre Paris e Barcelona, em busca de Valentine, uma adoelescente enigmática e difícil que está desaparecida.
“Mister Gregory” de Sveva Casati Modignani (Porto Editora) Pela primeira vez um romance de Sveva tem um protagonista masculino.
“1961 – O ano que mudou Portugal”,  de João Céu e Silva (Porto Editora) Um relato diário do ano de 1961, fundamentado com uma série de depoimentos de protagonistas políticos importantes, historiadores, militares e escritores.

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