Manuel Rodríguez Rivero escreve todos os sábados no Babelia – suplemento semanal do “El País – uma coluna de crítica literária chamada “Síllon de Orejas”. Juntamente com a excelente coluna de Vicente Verdú é a minha leitura obrigatória dos sábados.
Homem de grande cultura e de um humor subtil, dá-nos uma visão do panorama editorial do país vizinho e das suas leituras preferidas.
Nesta semana regressa ao tema do paradoxo do aumento dos títulos que as editoras editam e da simultânea queda das tiragens, abordando como as estatísticas sobre os hábitos de leitura são enganadoras.
Diz Manuel Rivero: “Antes de consultar el baremo de la temporada uno ya sabe que sus datos van a ser mucho mejores que los de la anterior. Si continúa la progresión optimista, dentro de una década los españoles no sólo serán los más lectores del planeta, sino también los más cultos: me los imagino como auténticas bibliotecas andantes, semejantes a los liberados de Fahrenheit 451 pero llevando siempre dos o tres volúmenes de repuesto sobre la cabeza, como si fueran modelos entrenándose para caminar con soltura por la pasarela. En la última encuesta se afirma que el 58% de los españoles lee libros en su tiempo libre (con un pequeño matiz: al menos una vez al trimestre) y que "esa población lectora" lee una media de 10,4 libros al año, "casi uno al mes". Ni el señor Zapatero, el mejor discípulo del volteriano Pangloss, sería tan optimista.”
O artigo completo pode ser lido aqui
No dia seguinte a ler este artigo ouvia numa entrevista Phillip Roth afirmar a sua convicção que a leitura e o leitor, como o conhecemos, será no futuro um pequeno nicho de pessoas. Perante a avalanche diária de tentações tecnológicas, dizia ele, o número de pessoas capazes de dedicar duas ou três horas diária á leitura de um romance diminui exponencialmente.
Dizem também as tais estatísticas, segundo afirma Manuel Rivero, que a leitura aumenta durante as férias de Verão. Talvez impulsionadas pelas sazonais listas de livros apresentadas pelos mais diversos media e que me parecem mais ser as listas das publicações que as diversas editoras querem promover.
Agora quando olhar para o lado na praia já não verei ninguém a ler o NoW mas continuarei a ver os Sun, os Daily Mirror, os Correio da Manhã, as Bolas e os Record e quase ninguém com um livro na mão.Os poucos que verei serão certamente estrangeiros.
Por isso também as estatísticas nacionais dos hábitos de leitura são tão enigmáticas para mim como o são para Manuel Rivero
(foto de dottorperni )
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