Aqui vamos novamente por galáxias estranhas, planetas, estrelas anãs, gigantes gasosos, diversas raças e diferentes culturas e Inteligências Artificiais. Vamos com Iain M. Banks e o seu “Look to Windward”, o sétimo da série Culture.
Depois de uma guerra civil devastadora para abolir uma sociedade de castas numa raça não-humana, um dos seus grupos radicais descobre que a civilização Culture, tinha exponenciado essa guerra civil apoiando a facção que procurava abolir essas castas.
O seu plano de vingança visa causar um número de mortos na Culture equivalente ao que essa raça teve na guerra civil.
Para isso serve-se de um militar cuja mulher morreu também nos combates e que continua a amar desesperadamente.
Banks transporta para estes mundos as reacções da nossa humanidade. Encontramos aqui sociedades altamente evoluídas – a Culture – que abrangem humanos e não humanos, politicamente correctas, mas cujas acções para alterar o que acham mal noutras sociedades – as castas – levam a conflitos devastadores.
Grupos extremistas aproveitam para concretizar as acções irracionais de vingança seres em sofrimento por tragédias pessoais e que noutras condições nunca aceitariam levá-las a cabo. Seres perturbados que procuram na morte, na sua e dos outros, um fim para as suas tragédias íntimas.
O autor procura também questionar se as IAs podem também ter esses sentimentos de amor e amizade por outras IAS e procurar também sacrifícios supremos. São questões semelhantes á que são colocadas no famoso título “Do robots dream of electric sheep” da famosa obra de Philip K. Dick.
Banks leva-nos novamente por descrições de mundos estranhos construídos para a prática irracional de actividades radicais, construindo personagens alienígenas e máquinas sencientes estranhas mas com mentalidades plenamente humanas.
Uma space opera profundamente intimista.
"Look to Windward"
Iain M. Banks
Orbit Books
2000
Pags. 394
ISBN 9781841490595
"Look to Windward"
Iain M. Banks
Orbit Books
2000
Pags. 394
ISBN 9781841490595
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