Com a devida referência a trabalho do Ciberescritas onde se encontra o texto original eis uma lista de novos livros a serem apresentados em Setembro:
“O Segundo Avião”, de Martin Amis (Quetzal).
Artigos escritos nos anos que se seguiram ao 11 de Setembro.
“Não Tenho Inimigos, Não Conheço o Ódio” do Prémio Nobel da Paz 2010,
Liu Xiaobo (Casa das Letras). Ensaios sobre o papel emergente
da China no contexto internacional e um surpreendente conjunto de poemas.
“Da China”, de Henry Kissinger (Quetzal). O Prémio
Nobel da Paz 1973 revela, pela primeira vez em livro, o seu profundo
conhecimento da China, cujas relações com o Ocidente ajudou a modelar. Recorre a
registos históricos e a conversas que manteve com líderes chineses ao longo de
décadas.
“O Estado do Egipto”, de Alaa Al Aswany (Quetzal).
O romancista egípcio analisa o que levou ao derrube do regime de Mubarak, e
levanta uma série de questões.
“Uma Mentira Mil Vezes Repetida”, de Manuel Jorge Marmelo
(Quetzal). Para escapar ao anonimato de uma vida comum, à solidão da
escrita e ao esquecimento dos futuros leitores, o narrador deste novo romance de
Marmelo inventa uma obra monumental, um autor – um judeu húngaro com uma vida
aventurosa – e uma miríade de personagens e de histórias que narra
entusiasticamente a quem, ao pé dele, se senta nos transportes públicos do
Porto.
“A Educação Sentimental dos Pássaros”, de José Eduardo
Agualusa (D. Quixote). Onze contos. A uni-los, uma mesma
preocupação sobre a origem e a natureza do mal. “Como é que o pequeno Jonas se
transformou em Savimbi? O que move Hillary?”
“A Sul. O Sombreiro”, de Pepetela (D. Quixote).
Ambientado nos primórdios do colonialismo, este romance revela uma época
desconhecida da história de Angola (séculos XVI e XVII). Começa assim: “Manuel
Cerveira Pereira, o conquistador de Benguela, é um filho da puta.”
“Comissão das Lágrimas” de António Lobo Antunes (D.
Quixote). Tem como personagem principal Virinha, que foi dirigente do
destacamento feminino das FAPLA (antigas Forças Armadas Angolanas) na parte
final da Guerra Colonial. Numa entrevista que deu ao jornal brasileiro “O Estado
de S. Paulo”, em Maio do ano passado, Lobo Antunes explicou: “É a voz de Elvira,
conhecida como Virinha, que foi presa em Angola em 1977, quando o país,
recém-independente de Portugal, enfrentava problemas internos”. Elvira, que
esteve à frente do batalhão feminino do MPLA (Movimento Popular de Libertação de
Angola), foi uma das 80 mil pessoas mortas sob suspeita de contestar Agostinho
Neto. Lobo Antunes contou que os pulsos de Elvira foram amarrados com arame e os
tornozelos atados nas costas, que a levantaram a uma altura de dois metros e a
soltaram repentinamente tendo o seu corpo batido no chão: “Mas, mesmo torturada,
Elvira não parou de cantar, só quando morreu.”
“Adornos”, de Ana Marques Gastão (D. Quixote). Novo
livro de poesia.
“Vozes” de Ana Luísa Amaral (D. Quixote). Novo
livro de poesia.
“A Grande Casa” de Nicole Krauss (D. Quixote),
considerada, em 2007, uma das melhores jovens escritoras britânicas pela revista
“Granta”. Uma história suspensa entre duas perguntas: “o que é que transmitimos
aos nossos filhos e como é que eles absorvem os nossos sonhos e perdas? Como
podemos responder ao desaparecimento, à destruição e à mudança?”
“A Bofetada” de Christos Tsiolkas (D. Quixote).
Vencedor do Commonwealth Prize 2009. Viagem caleidoscópica e inquietante aos
limites do amor, do sexo, do casamento e da família. Adaptado para série de
TV.
“O Filho de Mil Homens”, de valter hugo mãe
(Alfaguara). Romance que inicia um novo ciclo na criação literária do
Prémio José Saramago 2007.
“O Mapa e o Território” de Michel Houellebecq
(Alfaguara). Recebeu o prémio o Goncourt em 2010. É uma obra sobre a
solidão e a velhice. Nela, Houellebecq leva mais longe a sua paródia: o escritor
e o seu cão, personagens do romance, são violentamente assassinados.
“Fragmentos” de Marilyn Monroe (Objectiva). Livro
onde se compilam notas pessoais (algumas escritas em blocos de notas de hotéis),
poemas, cartas e fotografias, documentos inéditos que são tornados públicos pela
primeira vez.
“A mulher do Tigre” de Tea Obreht (Presença). Obra
vencedora do prémio Orange 2011, da autora que foi considerada pela revista “The
New Yorker”, uma das 20 melhores escritoras americanas com menos de 40 anos.
“Os Imperfeccionistas”, de Tom Rachman (Presença).
Romance que revela os bastidores da redacção de um jornal em Roma, numa altura
em que a imprensa sofre o impacto das transformações ditadas pelas novas
tecnologias.
“Poemas Novos e Velhos”, de Helder Macedo
(Presença).
“Construir o Inimigo” de Umberto Eco (Gradiva).
Ensaio inédito do autor italiano sobre temas como o Absoluto, o Fogo, o porquê
de chorarmos a sorte de Anna Karenina, as astronomias imaginárias, os tesouros
das catedrais, Victor Hugo e seus excessos, o mecanismo do reconhecimento no
folhetim, a ventura ou desventura de Joyce na época fascista, etc.
“O Grande Inquisidor”, de João Magueijo (Gradiva).
A vida extraordinária de Ettore Majorana pelo físico português.
“Antes de Dizer Adeus”, de David Servan-Schreiber (Lua
de Papel). Livro testamento do autor de “Curar e Anticancro”, que morreu a
24 de Julho. O cancro, os conselhos que deu nos livros anteriores e a morte.
“Tudo tem um Preço”, de Eduardo Porter (Lua de
Papel). O jornalista do “The New York Times” analisa as diferenças de
preços entre os diversos países e culturas, e os efeitos que a procura tem no
preço e vice-versa.
“Uma Estratégia Para Portugal”, de Henrique Neto (Lua de
Papel). O primeiro livro do fundador da Ibermoldes e ex-deputado do partido
Socialista.
“Não Podemos Ver o Vento”, de Clara Pinto Correia (Clube
do Autor). É um novo romance da escritora que recupera a nossa presença em
África nos anos 70 através da história de uma psicóloga e de um paciente.
“The Man who Broke into Auschwitz”, de Denis Avery
(Clube do Autor). Testemunho de um soldado britânico que
conseguiu infiltrar-se em Buna-Monowitz, o campo de concentração conhecido como
Auschwitz III. Só agora, aos 90 e tal anos, Denis Avery decidiu contar a
experiência, 60 anos depois dos acontecimentos.
“Rashomon e outras histórias”, de Ryunosuke Akutagawa
(Cavalo de Ferro). Contos de um dos escritores mais importantes da
literatura japonesa que inspiraram o famoso filme de Akira Kurosawa, “Às Portas
do Inferno”.
“Arde o musgo cinzento”, de Thor Vilhjálmsson (Cavalo de
Ferro). É considerado o melhor escritor islandês vivo e neste romance
recupera dos arquivos uma história real em que mostra a opressão que a sociedade
pode exercer sobre aqueles que infringem as suas regras.
“Romances”, volume que reúne os dois únicos romances
de Flannery O’Connor: “Sangue Sábio” e “O Céu é dos Violentos”
na Cavalo de Ferro.
“Manifesto Anti-Americano”, de Ted Rall (Verbo). O
colunista do “The New York Times” e cartoonista escreveu uma obra polémica,
desde que foi saiu há um ano já foi publicado em 30 países. Propõe uma mudança
total do sistema sócio-político americano através da revolução.
“Como
nos livramos do Euro?”, de Jean-Jacques Rosa (Alêtheia), o
economista que foi director e fundador do programa de MBA do Institut d’Études
Politiques (1993-2008).
“Adúltero Americano” de Jed Mercúrio (Civilização).
O protagonista deste romance é um mulherengo inveterado. Precisa de se esforçar
extraordinariamente para esconder as suas aventuras dos rivais políticos – e tem
boas razões para fazê-lo. Trata-se de John Fitzgerald Kennedy.
“Vida Privada”, de Jane Smiley (Civilização). Um
romance da vencedora do Prémio Pulitzer, que conta a história íntima de uma
mulher, Margaret Mayfield ,de finais do século XIX à II Guerra Mundial.
“Sofia Tolstoi – Uma Biografia”, de Alexandra Popoff
(Civilização). Sofia Tolstoi conheceu a fama mas também a alienação
durante os quarenta e oito anos em que esteve casada com Tolstoi. Baseado em
material de arquivo recentemente disponibilizado, incluindo os diários inéditos
de Sofia.
“Na Rua Árabe”, de Nuno Rogeiro (D. Quixote). As
revoltas no Médio Oriente analisadas à lupa numa altura em que se celebram 10
anos do 11/9.
“Uma Vasta e Deserta Paisagem”, de Kjell Askildsen
(Ahab), um livro de contos inquietantes que recebeu o Prémio da Crítica
norueguesa.
“Xeque-Mate a Goa”, de Maria Manuel Stocker
(Texto). Resultou de um projecto de investigação orientado por António
Barreto que assina o prefácio – explica como é que a União Indiana tentou
integrar Goa no seu território desde 1947, mas só o conseguiu em 1961. Venceu o
Prémio Aristides de Sousa Mendes.
“Os Reis da Reconquista Portuguesa”, de Stephen Lay
(Texto). O professor de Oxford explica como Portugal se tornou um reino
independente entre os séculos XI e XIII fazendo um retrato dos primeiros cinco
governantes.
“Ferrugem Americana” de Philipp Meyer (Bertrand). O
escritor está na lista dos melhores 20 escritores com menos de 40 anos da “The
New Yorker”. Sobre este livro, que é sobre o fim do sonho americano, Michiko
Kakutani, do “The New York Times” escreveu: “A chegada de um novo escritor cheio
de talento.”
“Rasto Negro de Sangue”, de Joseph O’Neill
(Bertrand). É a história da família do autor de “Netherland- Terra de
Sombras”.
“Diário de uma Viagem à Rússia em 1867”, de Lewis Carroll
(Teorema). Publicado originalmente em 1935. Esta deverá ter sido a
única viagem do escritor ao estrangeiro.
“O Homem” e “A Máquina de Klaus Klump”, de Gonçalo M.
Tavares. É uma nova versão, conjunta, dos romances “Um Homem: Klaus
Klump” e “A Máquina de Joseph Walser” pertencentes ao Reino. É uma reedição de
um livro que foi feito primeiro em exclusivo com a FNAC e que agora é alargada
pela Caminho ao resto do mercado. O autor descreveu-o assim: “São duas
narrativas que têm exactamente o mesmo centro e que nesta nova versão, lidas em
paralelo e em conjunto, darão espaço, julgo, para diferentes leituras”.
“Se eu fechar os olhos agora”, de Edney Silvestre
(Planeta). O primeiro romance do jornalista brasileiro que em 2010
recebeu o Prémio Jabuti na categoria de Melhor Romance. A história passa-se numa
pequena cidade da antiga zona do café fluminense, em Abril de 1961, quando dois
meninos de 12 anos encontram o corpo de uma mulher, que foi morta e mutilada,
nas margens de um lago.
“O Princípe da Neblina” de Carlos Ruiz Záfon
(Planeta). Numa aldeia da costa sul inglesa durante o Verão de 1943,
três jovens enfrentam um diabólico personagem.
“Tentativa e erro”, de José Alberto Oliveira (Assírio
& Alvim). Poemas escolhidos e inéditos.
“Caminharei pelo vale da sombra”, de José Agostinho Baptista
(Assírio & Alvim). Poesia inédita.
“Diapsalmata”, de S. Kierkegaard (Assírio &
Alvim). Tradução do dinamarquês. Notas de Bárbara Silva, M. Jorge de
Carvalho, Nuno Ferro, Sara Carvalhais, posfácio de M. Jorge de Carvalho, Nuno
Ferro.
O novo livro da colecção de literatura de viagens dirigida por Carlos Vaz
Marques na Tinta-da-China: “Viagem de Autocarro”, do escritor
catalão Josep Pla. “Ao longo de cem quilómetros de poesia e humor, Pla
conduz-nos através de uma deliciosa espontaneidade, mas que não exclui as
reflexões mais profundas”, lê-se na contracapa.
Para 15 de Setembro, na FNAC Chiado, às 21h, está marcado o lançamento de
“Diamantes de Sangue – Corrupção e Tortura em Angola”, do jornalista
angolano Rafael Marques (Tinta-da-China) que virá a Lisboa. O
livro é uma investigação sobre personalidades, instituições e empresas
envolvidas no negócio dos diamantes e inclui o testemunho de centenas de
vítimas.
“Um Tigre nas Florestas da noite”, de Margaux Fragoso
(Porto Editora) Num dia de Verão, Margaux Fragoso conhece Peter Curran
numa piscina pública e os dois começam a brincar. Ela tem sete anos, ele
cinquenta e um. Uma história de pedofilia contada pela vítima (Peter
suicidou-se e pediu a Margaux para que contasse a história dos dois). Margaux
Fragoso concluiu recentemente um Doutoramento em Inglês e Escrita Criativa na
Universidade de Binghamton. Os seus contos e poemas foram publicados em diversas
revistas literárias, como o The Literary Review e o Barrow
Street. Os direitos de tradução foram já vendidos para mais de vinte
países.
“O Centenário que fugiu pela Janela e Desapareceu” de Jonas
Jonasson (Porto Editora). O segundo romance do escritor
sueco.
“Apocalypse Baby” de Virginie Despentes (Sextante).
Prémio Renaudot 2010. Um road book entre Paris e Barcelona, em busca
de Valentine, uma adoelescente enigmática e difícil que está desaparecida.
“Mister Gregory” de Sveva Casati Modignani (Porto
Editora) Pela primeira vez um romance de Sveva tem um protagonista
masculino.
“1961 – O ano que mudou Portugal”, de João Céu e Silva
(Porto Editora) Um relato diário do ano de 1961, fundamentado com uma
série de depoimentos de protagonistas políticos importantes, historiadores,
militares e escritores.
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